Todos que apresentaram comunicação no VI Colóquio estão convidados a participarem da publicação nos anais do evento. Encontram-se aqui as normas para a formatação dos artigos. O prazo para envio é 4 de março de 2015.
Não serão aceitos trabalhos que não cumprirem com as solicitações de formatação ou que sejam enviados fora do prazo estabelecido. O email de contato é coloquiosuldelitcomparada@gmail.com.
NORMAS
PARA FORMATAÇÃO DE ARTIGOS: COMUNICAÇÕES APRESENTADAS NO VI COLÓQUIO INTERNACIONAL SUL DE LITERATURA COMPARADA:
ESPAÇO ESPAÇOS
Formatação geral do texto:
Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft
Word.
O artigo deve ter de 10 a 15 páginas, incluindo ilustrações, bibliografia e nota de final de
texto.
A folha é A4 (29,7 x 21 cm), com as seguintes
especificações para as margens: superior: 3 cm, inferior: 2 cm, esquerda: 3 cm,
direita: 2 cm
A fonte padrão é Times New Roman, corpo 12.
O espaçamento entrelinhas é de 1,5cm.
Os parágrafos não devem ter espaçamento anterior nem
posterior.
O adentramento da primeira linha é de 1,25cm.
Oitálico deve ser usado para citar títulos e destacar
elementos textuais.
Tabelas e gráficos deverão ser considerados como figuras
e assim numerados consecutivamente em números arábicos (Ex.: Fig. 1), de forma
centralizada, no rodapé da figura, acompanhados de suas fontes.
Título:
Deve ser apresentado no idioma do artigo original e em
inglês, francês ou espanhol, nessa ordem.
Centralizado, fonte 16, em maiúsculas e negrito.
Autor:
Deverá estar identificado logo abaixo do título do
artigo, alinhado à direita.
O nome completo do autor deve vir acompanhado de um
asterisco e na nota de rodapé correspondente devem constar a titulação e
vínculo institucional do autor
Epígrafe (se houver):
Deve figurar entre o título e o resumo com duas linhas
antes e depois.
Deve ser em itálico e alinhada à direita.
Deve conter (uma linha abaixo) o nome do autor da
epígrafe (em itálico), seguido do nome da obra (sem itálico) e, opcionalmente,
da data (em itálico).
Resumo:
Deve conter no máximo 10 linhas.
Deve
ser em português, inglês, francês ou espanhol, nessa ordem. (Se o artigo for escrito
em inglês, francês ou espanhol, o segundo resumo deve ser em português.)
Deve vir duas linhas depois da epígrafe (se houver) ou do
título.
A
palavra RESUMO (ou o equivalente ao idioma do artigo) deverá ser escrita em
maiúscula, corpo 12, negrito,
seguida de dois pontos.
Ao lado da palavra, apresentar o texto, em espaço
simples.
Palavras-chave:
Duas
linhas após o resumo, inserir a palavra PALAVRAS-CHAVE em maiúsculas, negrito,
seguida de dois pontos e de três (3) palavras-chave, separando-as com vírgulas.
Fazer
o mesmo com o resumo em inglês, francês ou espanhol. (Ex.: KEYWORDS,
PALABRAS CLAVE, MOTS-CLÉS)
Corpo do texto:
Dispor o texto em forma sequencial, sem espaços ociosos,
nem quebra de página.
Iniciar o texto a 2 espaços das palavras-chave.
Inserir figuras e tabelas no próprio texto (e não, ao
final do documento, como anexos).
Títulos das seções:
Inserir os títulos das seções sempre à margem esquerda,
sem adentramento, a 2 espaços do parágrafo anterior e posterior. Somente a
primeira letra deve estar em maiúscula.
a) Títulos de seções primárias: itálico e negrito,
b) Títulos de seções secundárias: negrito,
c) Títulos de seções terciárias: itálico.
Citação:
Com até 3 linhas, incorporar ao texto, entre aspas,
seguida da referência bibliográfica entre parênteses: sobrenome do autor em
maiúsculas, ano da obra e página.
Com mais de 3 linhas, em parágrafo próprio, com uma linha
antes e depois. Com recuo de 4 cm à esquerda, espaçamento simples, corpo 10,
seguida da referência entre parênteses.
Notas de rodapé:
As notas, exclusivamente explicativas,
devem constar no final do texto, antes da Bibliografia, numeradas, de
modosequencial, em algarismos arábicos e apresentadas em espaço simples, fonte:
Times New Roman, corpo 9.
Bibliografia:
A palavra BIBLIOGRAFIA deve ser
digitada a 3 espaços da última linha textual, centralizada, em maiúsculas,
itálico, negrito.
Iniciar as referências duas linhas
após.
As referências devem ser ordenadas
alfabeticamente, em espaçamento simples, à margem esquerda, conforme exemplos que
seguem.
Livros com um autor
PARRET, Herman. Enunciação e pragmática.
Campinas: Ed. da Unicamp, 1988.
Livros com até três autores
ORLANDI, Eni P; GUIMARÃES, Eduardo; TARALLO, Fernando. Vozes
e contrastes: discursos na cidade e no campo. São Paulo: Cortez, 1989.
Livros com mais de três autores
DUBOIS, Jean et alii. Dicionário de linguística.
São Paulo: Cultrix, 1987.
Capítulo de livro de um autor
ETIEMBLE,
René. Crise de la littérature comparé? In:___. Comparaison n’est pas raison.
Paris:Gallimard, 1963.
Capítulo de obra coletiva
FERREIRA, Maria Cristina Leandro. A antítese da vantagem
e do jeitinho na Terra em que Deus é brasileiro. In: ORLANDI, Eni P. (org). Discurso
fundador: a formação do país e a construção da identidade nacional.
Campinas: Pontes, 1993.
Artigo de periódico
MATEUS, Maria Helena Mira. Unidade e variação na língua
portuguesa: memória colectiva ememória fraccionada. Organon, Porto
Alegre, v. 8, n. 21, p. 35-42, jan. 1994.
Documentos da internet
ALÓS, Anselmo Peres. A ressignificação do mito na
literatura angolana: Lueji, o nascimento dum império. [online] Disponível em:http://www.ucm.es/info/especulo/numero41/lueji_an.html
.Arquivo acessado em 24 de maio de 2010.
Mudanças na programação
Horário
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Terça-feira
07/10/2014
|
Quarta-feira
08/10/2014
|
Quinta-feira
09/10/2014
|
Sexta-feira
10/10/2014
|
08h00 às 10h00
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Curso
livre:
Prof. Dr. Antonio
Carlos Santos
As Voltas da Narrativa
Auditório Luft -IL
|
Curso
livre:
Prof. Dr. Antonio
Carlos Santos
As Voltas da Narrativa
Auditório Luft – IL
|
Curso
livre:
Prof. Dr. Antonio
Carlos Santos
As Voltas da Narrativa
Auditório Luft – IL
|
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09h30 às 11h15
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Mesa Redonda 3
Auditório ILEA
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10h00 às 10h15
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Abertura do Colóquio
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10h15 às 11h45
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Mesa Redonda 2
Auditório ILEA
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10h30 às 11h30
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Palestra de
abertura:
Ângela Fernandes
(Universidade de Lisboa) - ILEA
|
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11h30 às 13h00
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Comunicações 1 e 2 - Eixos 3 e 6; 1 e 2
Salas 205/217
Prédio Aulas
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Comunicações 9 e 10 - Eixos 1 e 5
Salas 205/217
Prédio Aulas
|
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14h00 às 16h00
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Seminários
Abertos do PPG:
Ângela Fernandes
Sala 120 - Pós - IL
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14h15 às 15h30
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Comunicações 5 e 6 - Eixos 2 e 4
Salas 205/217
Prédio Aulas
|
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14h30 às 16h00
|
Comunicações 11 e 12 - Eixos 1 e 5
Salas 205/217
Prédio Aulas
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14h30 às 16h15
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Mesa-redonda 1
Auditório ILEA
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15h30 às 16h30
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Espaço Cultural:
Coral das Letras
Lançamentos (Luft)
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16h15 às 17h30
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Palestra de
Encerramento
Andrea Pagni
(Universidade de
Erlangen/Nürnber)
ILEA
|
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16h30 às 18h00
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Comunicações 3 e 4 - Eixos 1 e 5
Salas 205/217
Prédio Aulas
|
Comunicações 7 e 8 - Eixos 2 e 4
Salas 205/217
Prédio Aulas
|
||
18h00
|
Coquetel de
Encerramento
Solarium - IL
|
Sessões de Comunicação
Os horários das sessões de comunicação encontram-se abaixo e neste link. Lembramos que o tempo previsto para cada apresentação é de 15 minutos.
Os horários das sessões de comunicação encontram-se abaixo e neste link. Lembramos que o tempo previsto para cada apresentação é de 15 minutos.
Sessões de Comunicação
Sessão 1 – quarta-feira, 08/10, 11h30 às 13h,
sala 205 (Prédio de aulas).
o
Diásporas, oralidade, escrita e leitura em
cultos de matriz africana no Brasil – Rafael
José dos Santos.
o
A infância e seus traumas em António Lobo
Antunes – Paula Renata Lucas Collares.
o
História & ficção: articulação da
memória individual e coletiva em As Naus, de António Lobo Antunes – Neiva Kampff Garcia.
o
Entre “fazer-se”
autor e personagem: o ateliê da escrita de Lobo Antunes –
Tatiana Prevedello.
Sessão 2 – quarta-feira,
08/10, 11h30 às 13h, sala 217 (Prédio de aulas).
o
No meu fim está meu começo: narrativas
pós-apocalípticas e a fundação da sociedade – Pedro Mandagará.
o
As relações fraternas e as ressignificações
do humano no mundo distópico – Caroline
Valada Becker.
o
Traduções haraganas: o Outro castelhano nas
edições brasileiras de María Luísa Bombal e Mario Arregui – Andrea Cristiane Kahmann.
o
A ética de falar da dor do outro: uma
reflexão - Vivian Nickel.
Sessão 3 – quarta-feira, 08/10, 16h30 às 18h,
sala 205 (Prédio de aulas).
o
O lugar da
memória colonial entre romances, relatórios, mapas, mosaicos, jornais,
anotações de um caderno, oralidade dos musseques e outras ficções verdadeiras –
Gustavo Henrique Rückert.
o
Uma leitura sobre as memórias de diásporas em
Becos da Memória de Conceição Evaristo – Kátia Marlowa Bianchi Ferreira Pessoa e Maria Cândida M. Pereira.
o
Quando a pátria é a terra dos outros: a
desterritorialização nos contos “O elevador” e “Os marginais”, de João Melo – Rejane Seitenfuss Gehlen.
o
Imigração, reterritorialização e memória em
Abla Farhoud e Salim Miguel – Luciana
Rassier.
o
Remontando Zinos: imagens e sons, aromas e
sabores – Lauro Iglesias Quadrado.
Sessão 4 – quarta-feira, 08/10, 16h30 às 18h,
sala 217 (Prédio de aulas).
o
A representação do espaço prisional nas
literaturas brasileira e russa – Denise
Regina de Sales.
o
Territórios imaginários em Vodu Urbano
de Edgardo Cozarinsky – Maria Augusta Vilalba Nunes.
o
O cosmos urbano: visões da multiplicidade –
Mairim Linck Piva.
o
O Romance d’ A Pedra do Reino:
espaço de criação e de reinvenção poética – Roseli Bodnar.
o
O trânsito no micro espaço e a constituição
do privado: a casa e suas relações em duas ficções brasileiras contemporâneas –
Natasha Centenaro.
Sessão 5 – quinta-feira, 09/10, 14hàs 15h30, sala
205 (Prédio de aulas).
o
O espaço e o corpo na constituição do
sentido – Vera Lucia Lenz Vianna.
o
A importância do corpo em O Reino de
Gonçalo M. Tavares – Sandra Beatriz
Salenave de Brito.
o
O corpo como espaço de dor e sofrimento: representações
patológicas em Germinie Lacerteux (1865), dos Irmãos Goncourt – Vanessa Costa e Silva Schmitt.
o
A ação literária na construção do corpo
identitário teatral – Bia Isabel Noy.
o
Percepção do espaço: figurações da casa em
Lobo Antunes – Raquel Trentin.
Sessão 6 – quinta-feira, 09/10, 14h às 15h30,
sala 217 (Prédio de aulas).
o
Metrópole e natureza: a resistência à
desumanização dos grandes centros – José
Humberto Torres Filho.
o
Sobre a temporalidade da escrita Bio em Água
Viva e no Livro das Horas – Luciana
Abreu Jardim.
o
A memória cultural sob conflito: um texto a
respeito do maior centro de tortura da ditadura argentina – Luís Roberto de Souza Júnior.
o
Rio-baldo x Rio-bardo: as veredas do
narrador – Valéria de Castro Fabrício.
o
Malévola, a vilã e seu conto de fadas – Maria Dorothea Barone Franco.
Sessão 7 – quinta-feira,
09/10, 16h30 às 18h, sala 205 (Prédio de aulas).
o
Corpo, espaço e deslocamento em A Obscena
Senhora D, de Hilda Hilst – Cinara
Ferreira Pavani.
o
Elena,
sobre a (auto)representação no cinema – Gabriela
Semensato Ferreira.
o
A (des)constituição do feminino em O Remorso
de Baltazar Serapião, de Valter Hugo Mãe – Ana Lúcia Montano Boessio.
o
Film (1963-64): quando
o duplo cinematográfico beckettiano encontra o duplo narrativo benjaminiano – Mauro de Araújo Menine Jr.
o
Marcas subalternas: corpo e subjetividade em
Carolina Maria de Jesus – Carla Lavorati.
Sessão 8 – quinta-feira, 09/10, 16h30 às 18h,
sala 217 (Prédio de aulas).
o
Entre senzala e buraku: o naturalismo e o
surgimento do discurso de direitos humanos no Brasil e no Japão na virada do
século XX – Roberto Pinheiro Machado.
o
Viagem, música e memória em A Volta do
Gato Preto, de Erico Verissimo - Gérson
Werlang.
o
Torna-viagem oitocentista: “brasileiro” ou
expatriado na própria terra? Estudo sobre o conflito identitário na
representação literária do emigrante português oitocentista que veio para o
Brasil – Gisélle Razera.
o
Diomedes Grammaticus e a publicação de
teoria literária no Renascimento antes da redescoberta da Poética de
Aristóteles – Odi Alexander Rocha da
Silva.
o As lágrimas de Heráclito: relações entre autoria e intertextualidade – Patrícia dos Santos Silveira.
o As lágrimas de Heráclito: relações entre autoria e intertextualidade – Patrícia dos Santos Silveira.
Sessão 9 – sexta-feira, 10/10, 11h30 às 13h, sala
205 (Prédio de aulas).
o
Andança pelas Canções Mexicanas, de
Gonçalo M. Tavares - Kim Amaral Bueno.
o
Terras e águas ao sul – (topo)grafias do Outro
em Terra Sonâmbula, de Mia Couto – Amilton
Queiroz (doutorando) e Simone Lima.
o
O texto em movimento: as fronteiras
desbordantes do Atlas do Corpo e da Imaginação, de Gonçalo M. Tavares – Maria Elisa Rodrigues Moreira.
o
Sistemas e subsistemas: a literatura em
movimento pelo espaço – Aline Brustulin Cecchin.
o
No princípio era o verbo – Ana Lúcia Beck.
Sessão 10 – sexta-feira, 10/10, 11h30 às 13h, sala
217 (Prédio de aulas).
o
Passado e presente (e futuro), locais da
memória em Traço de União, de João Maimona – Cláudia Mentz Martins.
o
De mãe para filha: as vozes da memória em O
Que os Cegos Estão Sonhando – Amanda
Dal’Zotto Parizote.
o
O resgate do passado e a organização dos
fatos em Infância de Graciliano Ramos – Michele Savaris.
o
Autoria e memória em Sei Shônagon – Andrei dos Santos Cunha.
Sessão 11 – sexta-feira, 10/10, 14h30 às 16h, sala
205 (Prédio de aulas).
o
O gaúcho em carne, tinta e bronze – Tiago Pedruzzi.
o
A Margem Imóvel do Rio: espaço
e identidade – Izandra Alves e Marcelo Lima Calixto.
o
Pensando a literatura como lugar de
memória: um estudo de caso do romance Satolep – Marlise Buchweitz Klug e Tatiana
Bolívar Lebedeff.
o
O espaço e a memória: a ressignificação da
subjetividade – Giele Rocha Dorneles.
Sessão 12 – sexta-feira, 10/10, 14h30 às 16h, sala
217 (Prédio de aulas).
o
Literatura e espaço: um estudo sobre a
representação da paisagem na poesia do Rio Grande do Sul – Antônio Carlos Mousquer.
o
A diluição das barreiras interartes: uma
proposta educacional e o relato da experiência do Grupo Cancioneiros – Nathalia Pinto e Vinicius Rodrigues.
o
Hilda Hilst: um salto do objeto literário à
teatralidade das palavras – Camila
Alexandrini.
o
Um ilustrador da vida moderna na periferia
da literatura – Vinicius da Silva
Rodrigues.
Mesas-Redondas
Abaixo a programação atualizada das mesas-redondas.
Dia 8 de outubro - 14h30 às 16h15
Mesa 1 – "Espaços -- Sustentabilidade e Ética"
Prof. Dr. Roland Gerhard Mike Walter (UFPE)
Prof. Dr. Kanavillil Rajagopalan (UNICAMP)
Prof. Dr. Antônio Barros de Brito Junior (UFRGS)
Dia 9 de outubro - 14h30 às 16h15
Mesa 2 – Espaços – Identidades e Conflitos
Mesa 2 – Espaços – Identidades e Conflitos
Profa. Dra. Rosani Umbach (UFSM)
Prof. Dr. Rafael Eisinger Guimarães (UNISC)
Profa. Dra. Maria Luiza Berwanger (UFRGS)
Dia 10 de outubro - 09h30 às 11h15
Mesa 3 - Espaços – Diáspora e Memória
Mesa 3 - Espaços – Diáspora e Memória
Prof. Dra. Ana Luiza Andrade (UFSC)
Prof. Dr. João Cláudio Arendt (UCS)
Profa. Dra. Lucia Sá Rebello (UFRGS)
Programação
Palestras
Abertura: Profa.
Dra. Ângela Fernandes (Universidade de Lisboa)
Título: “Entre
Literatura e Ciência: Espaços de Questionamento da Humanidade”
Encerramento: Profa.
Dra. Andrea Pagni – Friedrich-Alexander Universität Erlangen/Nürnberg
Título: "América Latina: espacio de
traducciones"
Mesas Redondas
Dia 8 de outubro
Mesa 1 – "Espaços -- Sustentabilidade e Ética"
Prof. Dr. Roland
Gerhard Mike Walter (UFPE)
Prof. Dr. Kanavillil Rajagopalan (UNICAMP)
Prof. Dr. Antônio Barros de Brito Junior (UFRGS)
Dia 9 de outubro
Mesa 2 – Espaços – Identidades e Conflitos
Mesa 2 – Espaços – Identidades e Conflitos
Profa. Dra. Rosani Umbach (UFSM)
Prof. Dr. Rafael Eisinger Guimarães (UNISC)
Profa. Dra. Maria Luiza Berwanger (UFRGS)
Dia 10 de outubro
Mesa 3 - Espaços – Diáspora e Memória
Mesa 3 - Espaços – Diáspora e Memória
Prof. Dr. Werner
Heidermann (UFSC)
Prof. Dr. João Cláudio Arendt (UCS)
Profa. Dra. Lucia Sá Rebello (UFRGS)
Curso Aberto
“As voltas da narrativa: Mario Bellatin, Carlos Ríos e Cesar Aira”, por Antônio Carlos dos Santos (UNISUL).
Se as
vanguardas trataram, por um lado, de desfazer os modos narrativos armados pelo
romance realista do século XIX, o que se pode observar em alguns autores
latinoamericanos, como é o caso de Bellatin, de Ríos e de Aira, é uma volta à
narrativa. Esse retorno do relato, no entanto, não significa um esquecimento
das operações das vanguardas do século XX e sim um retorno diferido. Cada um
deles elabora procedimentos singulares que exigem um leitor não inocente diante
de textos que embaralham as fronteiras entre autor e narrador, que terminam de
maneira abrupta configurando o que alguns críticos chamaram de
"abandono" ou o que Sandra Contreras chama, no caso de Aira, de "uma
urgência de chegar ao fim", e que operam com restos do real catados na
internet. Desta forma, o objetivo desse curso seria analisar algumas
narrativas breves desses autores ("Un episodio en la vida del pintor
viajero" e "El criminal y el dibujante, de Aira; "Manigua"
e "El artista sanitário", de Carlos Ríos, e "Flores" e
"Lecciones para una liebre muerta", de Bellatin) para observar como
se armam os relatos e o que eles propõem.
Antonio Carlos Santos - Doutor em Literatura pela UFSC, professor de Estética do Programa de Pós Graduação em Ciências da Linguagem da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina) e tradutor.
Mais informações serão disponibilizadas em breve.
Apresentação: VI Colóquio de Literatura Comparada na UFRGS
1. Tema:
Desde a publicação de A poética do espaço, de Gaston Bachelard, em 1958, dedicado à significação subjetiva dos espaços (confinados) e das memórias construídas sobre as noções de espaço e de acolhimento, ampliamos nossa visão de nós mesmos no mundo que habitamos e nosso entendimento sobre a repercussão que nossa existência tem sobre o meio ambiente e toda a cadeia produtiva. O homem do século XXI tem olhos e ouvidos atentos tanto para o local quanto para o global.
Michel Foucault, num texto escrito em 1967, mas somente autorizado à publicação em 1984, a respeito das heterotopias, em reflexão desenvolvida no artigo Outros espaços, destaca uma visada da teoria, a respeito do tempo contemporâneo em direção ao espacial, afirmando:
Michel Foucault, num texto escrito em 1967, mas somente autorizado à publicação em 1984, a respeito das heterotopias, em reflexão desenvolvida no artigo Outros espaços, destaca uma visada da teoria, a respeito do tempo contemporâneo em direção ao espacial, afirmando:
A época atual seria talvez de
preferência a época do espaço. Estamos na época do simultâneo, estamos na época
da justaposição, do próximo e do longínquo, do lado a lado, do disperso.
Estamos em um momento em que o mundo se experimenta, acredito, menos como uma
grande via que se desenvolveria através dos tempos do que como uma rede que
religa pontos e que entrecruza na sua trama (FOUCAULT,2001, p.411).
Se a modernidade, desde os textos de Paul Valéry, especialmente os que
tratam da ubiqüidade e das possibilidades fragmentárias do visual cubista, já
apontava para uma especificidade espacial do presente e da arte, a
pós-modernidade, a partir das teorias fenomenológicas de Bachelard e do
pensamento pós-estruturalista de Foucault, leva adiante essas reflexões, ao
montar uma série espaço-temporal que se organizou em torno da “hierarquia e
localização”, na Idade Média e em função do “posicionamento”, na modernidade. O
tempo presente, para o teórico francês, seria “heterotópico”, pois se refere,
simultaneamente, ao dentro e ao fora das categorias, ao passado e ao futuro da
teoria, ao saber acumulado e ao saber mais imediato, em ordem caleidoscópica.
Diz ainda Foucault, no mesmo texto, tomando como modelo o espelho que reflete,
refrata e distorce o que se aproxima de sua superfície polida:
O espelho funciona como uma
heterotopia no sentido em que ele torna esse lugar que ocupo, no momento em que
me olho no espelho, ao mesmo tempo absolutamente real, em relação com todo o
espaço que o envolve, e absolutamente irreal, já que ela é obrigada, para ser
percebida, a passar por aquele ponto virtual que está lá longe (FOUCAULT, 2001,
p.415).
Jacques Derrida, em Posições (2001),
assinala que, desde Mallarmé, os espaços em branco adquirem importância em todo
o texto, ou, mais do que isto, os constituem. Em se tratando de mapas,
entendidos como lugares plásticos-teóricos de delimitação territorial, estes
espaços em branco estão nas conexões entre os pontos marcados neles, nos
trajetos entre as estações ali nomeadas, nos traçados dos percursos em linhas
cheias ou tracejadas, mais do que nos marcos de chegada, que assinalam o fim –
no sentido de finalidade e de encerramento - das viagens. As estações terminais
assinalam parcialidades, sem a possibilidade de uma visão panorâmica ou
completa do espaço percorrido. Pensar a modernidade, a pós-modernidade e além
seria, de certo modo, renunciar à totalidade dos antigos, levando os efeitos do
deslocamento ao pé da letra, ou do pé à letra.
Segundo Lucia Leão, em seu livro Estética
do Labirinto, o mapa pertence à esfera do conhecimento adquirido, sendo,
desta forma, incorporado à experiência:
O mapa, enquanto hiperespaço
cognitivo, muito se difere dos esquemas visuais fixos, pois pertence ao
universo das transformações e das interconexões. O mapa só pode ser apreendido
no caminhar e nos movimentos oscilatórios entre ordem local e ordem global,
entrar e sair, perceber e racionalizar (LEÃO, 2002, p.72,73).
De certo modo, juntando a perspectiva do deslocamento, apontada na
elaboração de mapas, por Lucia Leão, ao performático gesto de uma interpretação
ativa reivindicado por Derrida, aliados ao pensamento foucaultiano das
heterotopias e ao levantamento de espacialidades poéticas em Bachelard e em
Mallarmé, teríamos um conjunto de possibilidades políticas de pensamento
teórico, ao mesmo tempo formador e contra-formador, pedagógico em suas bases,
mas anti-pedagógico por condição e preso mais às imagens do que às mensagens.
Assim, as possibilidades comparatistas de abordar o espaço, em conjunção com
outros temas correlatos, como deslocamentos, imagens, passagens, viagens, ou em
relação a outras áreas de reflexão, como memória, identidade, corporeidade,
ética, valores, torna a proposta Espaço
Espaços muito propícia à cena contemporânea, podendo agregar um grupo
heterogêneo de propostas de trabalho e potente o suficiente para dar
sustentação ao VI Colóquio Internacional Sul de Literatura Comparada.
2. Modalidade de participação
As inscrições na modalidade de "Apresentação de Comunicação", aberta a
docentes e doutorandos são limitadas (72). O período para o envio de propostas
é de 16 de junho a 18 de julho. O participante deverá enviar um resumo de 250-300
palavras, fonte 12, Time New Roman, espaço 1,5, com as seguintes informações:
título do trabalho, especificação do eixo temático ao qual o trabalho se
vincula, nome completo, instituição de origem, tipo de vínculo, endereço postal
e eletrônico e fax. O resumo deverá ser enviado como anexo para o endereço vicoloquiosuldelitcomparada@gmail.com.
As cartas de aceite serão enviadas durante o mês de agosto. O pagamento
da inscrição deverá ser feito por depósito bancário (até o dia 15 de setembro de 2014) após
recebimento do aceite.
As instruções a respeito da publicação posterior das comunicações na
forma de artigo serão fornecidas durante o evento pelos coordenadores das Mesas
de Comunicações.
Valores com direito a certificado:
- Docentes com trabalho: R$ 100,00
- Doutorandos e Pós-Doutorandos com trabalhos: R$ 80,00
- Ouvinte: aluno de graduação R$25,00; docentes e pós-graduandos: R$ 50,00
3. Eixos temáticos ou subtemas:
1) Espaço – Diáspora – Memória
A interseção entre espaço, diáspora e memória remete à noção
de desterritorialização e à necessidade de enraizamento presentes no processo
de deslocamento de povos de seus lugares de origem. Em novos espaços, os grupos
humanos têm o desejo de criar raízes e recorrem à construção de memórias para
reforçar a origem comum e o sentimento de identidade. Ao lado de outras
produções culturais, a literatura pode se configurar como locus de memórias
individuais e coletivas. A autobiografia, a autoficção e as escritas de
testemunho, que têm na memória a sua base constitutiva, são alguns exemplos de
textos que problematizam questões de identidade e diferença, colocando em
evidência as tensões inerentes ao processo de reterritorialização. Para Stuart
Hall, "as configurações sincretizadas da identidade cultural requerem a
noção derridiana de différance, uma diferença que não funciona através dos
binarismos, fronteiras veladas que separam finalmente, mas são também places de
passage e significados que são posicionais e relacionais, sempre em deslize ao
longo de um espectro sem começo nem fim."
2) Espaço – Corpo – Identidade
Desde meados do século passado, as Ciências Humanas e, em
particular, os Estudos Literários têm problematizado uma série de certezas
acerca dos processos de construção identitária, sejam elas coletivas ou
individuais. Nesse sentido, lançar um olhar crítico para a Literatura em busca
de repostas para a pergunta “Quem somos nós”, parece ser, nos dias de hoje, um
fazer mais pertinente do nunca. À luz dos avanços epistemológicos postos em
cena pelos estudos pós-estruturalistas, pós-coloniais, de gênero, dentre
outros, as complexas relações entre espaço, corporeidade e identidade
enriquecem os olhares críticos e revelam dimensões ainda mais profundas nos
textos poéticos e narrativos. A revisão do binômio “mente e corpo”, que
enaltece o primeiro termo em detrimento do segundo; a valorização da voz e do
pensamento locais, como resposta dos sujeitos periféricos à força
homogenizadora de um discurso masculino e eurocêntrico que se quer “universal”;
o reconhecimento do corpo não como elemento dado, mas como algo em construção
e, nesse sentido, como espaço para a escritura do “eu”; o questionamento da
matriz antropocêntrica, posta em xeque por uma concepção contemporânea que
borra as fronteiras hierárquicas entre o humano e o animal; essas são apenas
algumas das diversas perspectivas que estabelecem um novo horizonte para os
Estudos Literários neste início de século, um espaço crítico e interpretativo
de crucial importância, no qual a Literatura Comparada ocupa um lugar
privilegiado.
3) Espaço – Sustentabilidade – Ética
Nossa percepção de espaço e nossa preocupação com a
sustentabilidade e com os temas dela derivados – como ética social, crescimento
planejado e esgotamento de recursos – estão cada vez mais presentes na
literatura “verde”, que tem, inclusive, revigorado alguns gêneros literários
como os relatos de viagens, os diários de bordo e, principalmente, a ficção
científico-apocalíptica, alimentado a dualidade do espaço sustentável, que é
extremamente frágil e, ao mesmo tempo, incrivelmente poderoso e incontrolável.
A literatura, que se alimenta das crises que o homem vem experimentando desde o
princípio de sua jornada, que é uma força expressiva da pungente crise
ambiental que nos atormenta e que tem mudado nossos hábitos e expectativas, tem
experimentado um crescente interesse pelo discurso ambientalista, pelas
poéticas da destruição e da restauração e pelo ecocriticism (Buell, 1995).
4 – Espaços - Diálogos – Confrontos
O conflito é um elemento importante da literatura --
especialmente, da narrativa. A tensão é, por assim dizer, um traço
indispensável da experiência artística como um todo. Por outro lado,
"conflito" é uma palavra cuja polissemia se manifesta em diferentes áreas
do conhecimento - na teoria das relações internacionais, no estudo da história,
na biologia, nas ciências econômicas ou na psicologia, para nos limitarmos a um
número pequeno de exemplos. Essas diferentes acepções da palavra estão também
presentes na literatura, por meio de críticas e de representações da discórdia.
A teoria da literatura também busca formas de descrever e ressignificar o
conflito no (e do) literário, seja denunciando as formas discursivas de
circulação de poder, seja propondo análises que transcendam as construções identitárias
baseadas na violência. O binarismo encerrado na ideia de conflito pode ser
transfigurado pela ação da literatura?
5 – Espaço -
Movimento – Passagem
O espaço é e está em constante movimento. Toda forma de
espaço, não somente os espaços descritos, mas os espaços da escrita e os
espaços da leitura estão em constante movimento e em constante mudança. Conforme
o romanista e comparatista alemão Ottmar Ette, o movimento e a migração
pertencem ao cotidiano do ser humano como o nascimento, a reprodução, a doença
e a morte. A partir do Always spatialize
de Frederic Jameson, o espaço recebeu uma nova atenção, depois de perder
“espaço” em relação ao tempo. O espacial e o topográfico, a relação a espaços e
locais, a regiões e paisagens, alcançaram grande recepção em diferentes
disciplinas – não somente nas Ciências Culturais, Sociais e Geográficas, mas
também na Ciência da Literatura e na História. O espaço é uma categoria
construída e determinada social e culturalmente, e mutável historicamente.
Presente no movimento espacial constante está a passagem e o deslocamento de um
ponto a outro, de um estado a outro. E onde se encontra a literatura, a
leitura, o leitor nesse espaço? Há um espaço único ou há espaços? A literatura
está em movimento? Estamos em movimento?
6 – Espaços teóricos – Capital – Valores
Hoje, o espaço da teoria é tensionado pela produção e
circulação de uma multiplicidade de práticas teóricas que constituem esferas de
influência, domínio e resistência. A capitalização de determinadas práticas em
detrimento de outras em termos de seu valor de uso em espaços geopolíticos
diferenciados reflete e refrata questões relacionadas com o local da cultura e
os fluxos transnacionais, com diferenças culturais e estratégias de assimilação
e ruptura, com configurações de poder e privilégio. Como podemos pensar os
espaços teóricos no campo da literatura comparada? Como se articulam as
hegemonias e o jogo das diferenças no quadro das tensões ideológicas e axiológicas
que permeiam o espaço teórico, espaço esse que sofre também as injunções de
contextos sociais e discursivos? O
espaço da teoria sinaliza uma relação desigual entre lugares de produção e de
recepção? Ao colocar em foco a complexidade da relação entre o local e o global
o espaço teórico seria revelador de problemáticas envolvendo o comparatismo?