VI Colóquio (2014)

Publicação de trabalhos nos anais

Todos que apresentaram comunicação no VI Colóquio estão convidados a participarem da publicação nos anais do evento. Encontram-se aqui as normas para a formatação dos artigos. O prazo para envio é 4 de março de 2015.

Não serão aceitos trabalhos que não cumprirem com as solicitações de formatação ou que sejam enviados fora do prazo estabelecido. O email de contato é coloquiosuldelitcomparada@gmail.com.

NORMAS PARA FORMATAÇÃO DE ARTIGOS: COMUNICAÇÕES APRESENTADAS NO VI COLÓQUIO INTERNACIONAL SUL DE LITERATURA COMPARADA: ESPAÇO ESPAÇOS

Formatação geral do texto:
Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word.
O artigo deve ter de 10 a 15 páginas, incluindo ilustrações, bibliografia e nota de final de texto.
A folha é A4 (29,7 x 21 cm), com as seguintes especificações para as margens: superior: 3 cm, inferior: 2 cm, esquerda: 3 cm, direita: 2 cm
A fonte padrão é Times New Roman, corpo 12.
O espaçamento entrelinhas é de 1,5cm.
Os parágrafos não devem ter espaçamento anterior nem posterior.
O adentramento da primeira linha é de 1,25cm.
Oitálico deve ser usado para citar títulos e destacar elementos textuais.
Tabelas e gráficos deverão ser considerados como figuras e assim numerados consecutivamente em números arábicos (Ex.: Fig. 1), de forma centralizada, no rodapé da figura, acompanhados de suas fontes.

Título:
Deve ser apresentado no idioma do artigo original e em inglês, francês ou espanhol, nessa ordem.
Centralizado, fonte 16, em maiúsculas e negrito.

Autor:
Deverá estar identificado logo abaixo do título do artigo, alinhado à direita.
O nome completo do autor deve vir acompanhado de um asterisco e na nota de rodapé correspondente devem constar a titulação e vínculo institucional do autor

Epígrafe (se houver):
Deve figurar entre o título e o resumo com duas linhas antes e depois.
Deve ser em itálico e alinhada à direita.
Deve conter (uma linha abaixo) o nome do autor da epígrafe (em itálico), seguido do nome da obra (sem itálico) e, opcionalmente, da data (em itálico).

Resumo:
Deve conter no máximo 10 linhas.
Deve ser em português, inglês, francês ou espanhol, nessa ordem. (Se o artigo for escrito em inglês, francês ou espanhol, o segundo resumo deve ser em português.)
Deve vir duas linhas depois da epígrafe (se houver) ou do título.
A palavra RESUMO (ou o equivalente ao idioma do artigo) deverá ser escrita em maiúscula, corpo 12, negrito, seguida de dois pontos.
Ao lado da palavra, apresentar o texto, em espaço simples.

Palavras-chave:
Duas linhas após o resumo, inserir a palavra PALAVRAS-CHAVE em maiúsculas, negrito, seguida de dois pontos e de três (3) palavras-chave, separando-as com vírgulas.
Fazer o mesmo com o resumo em inglês, francês ou espanhol. (Ex.: KEYWORDS, PALABRAS CLAVE, MOTS-CLÉS)

Corpo do texto:
Dispor o texto em forma sequencial, sem espaços ociosos, nem quebra de página.
Iniciar o texto a 2 espaços das palavras-chave.
Inserir figuras e tabelas no próprio texto (e não, ao final do documento, como anexos).

Títulos das seções:
Inserir os títulos das seções sempre à margem esquerda, sem adentramento, a 2 espaços do parágrafo anterior e posterior. Somente a primeira letra deve estar em maiúscula.
a) Títulos de seções primárias: itálico e negrito,
b) Títulos de seções secundárias: negrito,
c) Títulos de seções terciárias: itálico.

Citação:
Com até 3 linhas, incorporar ao texto, entre aspas, seguida da referência bibliográfica entre parênteses: sobrenome do autor em maiúsculas, ano da obra e página.
Com mais de 3 linhas, em parágrafo próprio, com uma linha antes e depois. Com recuo de 4 cm à esquerda, espaçamento simples, corpo 10, seguida da referência entre parênteses.

Notas de rodapé:
As notas, exclusivamente explicativas, devem constar no final do texto, antes da Bibliografia, numeradas, de modosequencial, em algarismos arábicos e apresentadas em espaço simples, fonte: Times New Roman, corpo 9.

Bibliografia:
A palavra BIBLIOGRAFIA deve ser digitada a 3 espaços da última linha textual, centralizada, em maiúsculas, itálico, negrito.
Iniciar as referências duas linhas após.
As referências devem ser ordenadas alfabeticamente, em espaçamento simples, à margem esquerda, conforme exemplos que seguem.
Livros com um autor
PARRET, Herman. Enunciação e pragmática. Campinas: Ed. da Unicamp, 1988.
Livros com até três autores
ORLANDI, Eni P; GUIMARÃES, Eduardo; TARALLO, Fernando. Vozes e contrastes: discursos na cidade e no campo. São Paulo: Cortez, 1989.
Livros com mais de três autores
DUBOIS, Jean et alii. Dicionário de linguística. São Paulo: Cultrix, 1987.
Capítulo de livro de um autor
ETIEMBLE, René. Crise de la littérature comparé? In:___. Comparaison n’est pas raison. Paris:Gallimard, 1963.
Capítulo de obra coletiva
FERREIRA, Maria Cristina Leandro. A antítese da vantagem e do jeitinho na Terra em que Deus é brasileiro. In: ORLANDI, Eni P. (org). Discurso fundador: a formação do país e a construção da identidade nacional. Campinas: Pontes, 1993.
Artigo de periódico
MATEUS, Maria Helena Mira. Unidade e variação na língua portuguesa: memória colectiva ememória fraccionada. Organon, Porto Alegre, v. 8, n. 21, p. 35-42, jan. 1994.
Documentos da internet

ALÓS, Anselmo Peres. A ressignificação do mito na literatura angolana: Lueji, o nascimento dum império. [online] Disponível em:http://www.ucm.es/info/especulo/numero41/lueji_an.html .Arquivo acessado em 24 de maio de 2010.

Mudanças na programação

 Horário
Terça-feira
07/10/2014
Quarta-feira
08/10/2014
Quinta-feira
09/10/2014
Sexta-feira
10/10/2014
08h00 às 10h00
Curso livre:
Prof. Dr. Antonio
Carlos Santos
As Voltas da Narrativa
Auditório Luft -IL
Curso livre:
Prof. Dr. Antonio
Carlos Santos
As Voltas da Narrativa
Auditório Luft – IL
Curso livre:  
Prof. Dr. Antonio
Carlos Santos
As Voltas da Narrativa
Auditório Luft – IL

09h30 às 11h15



Mesa Redonda 3
Auditório ILEA
10h00 às 10h15


Abertura do Colóquio



10h15 às 11h45


Mesa Redonda 2
Auditório ILEA

10h30 às 11h30

Palestra de abertura:
Ângela Fernandes
(Universidade de Lisboa) - ILEA


11h30 às 13h00

Comunicações 1 e 2 - Eixos 3 e 6; 1 e 2
Salas 205/217
Prédio Aulas

Comunicações 9 e 10 - Eixos 1 e 5
Salas 205/217
Prédio Aulas
14h00 às 16h00
Seminários
Abertos do PPG:
Ângela Fernandes
Sala 120 - Pós - IL



14h15 às 15h30


Comunicações 5 e 6 - Eixos 2 e 4
Salas 205/217
Prédio Aulas

14h30 às 16h00



Comunicações 11 e 12 - Eixos 1 e 5
Salas 205/217
Prédio Aulas
14h30 às 16h15

Mesa-redonda 1
Auditório ILEA


15h30 às 16h30


Espaço Cultural:
Coral das Letras
Lançamentos (Luft)

16h15 às 17h30



Palestra de Encerramento
Andrea Pagni
(Universidade de
Erlangen/Nürnber)
ILEA
16h30 às 18h00

Comunicações 3 e 4 - Eixos 1 e 5
Salas 205/217
Prédio Aulas
Comunicações 7 e 8 - Eixos 2 e 4
Salas 205/217
Prédio Aulas

18h00



Coquetel de
Encerramento
Solarium - IL
Sessões de Comunicação  

Os horários das sessões de comunicação encontram-se abaixo e neste link. Lembramos que o tempo previsto para cada apresentação é de 15 minutos.


Sessões de Comunicação

Sessão 1 – quarta-feira, 08/10, 11h30 às 13h, sala 205 (Prédio de aulas).
o   Diásporas, oralidade, escrita e leitura em cultos de matriz africana no Brasil – Rafael José dos Santos.
o   A infância e seus traumas em António Lobo Antunes – Paula Renata Lucas Collares.
o   História & ficção: articulação da memória individual e coletiva em As Naus, de António Lobo Antunes – Neiva Kampff Garcia.
o   Entre “fazer-se” autor e personagem: o ateliê da escrita de Lobo AntunesTatiana Prevedello.

Sessão 2 – quarta-feira, 08/10, 11h30 às 13h, sala 217 (Prédio de aulas).  
o   No meu fim está meu começo: narrativas pós-apocalípticas e a fundação da sociedade – Pedro Mandagará.
o   As relações fraternas e as ressignificações do humano no mundo distópico – Caroline Valada Becker.
o   Traduções haraganas: o Outro castelhano nas edições brasileiras de María Luísa Bombal e Mario Arregui – Andrea Cristiane Kahmann.
o   A ética de falar da dor do outro: uma reflexão - Vivian Nickel.

Sessão 3 – quarta-feira, 08/10, 16h30 às 18h, sala 205 (Prédio de aulas).
o   O lugar da memória colonial entre romances, relatórios, mapas, mosaicos, jornais, anotações de um caderno, oralidade dos musseques e outras ficções verdadeirasGustavo Henrique Rückert.
o   Uma leitura sobre as memórias de diásporas em Becos da Memória de Conceição Evaristo – Kátia Marlowa Bianchi Ferreira Pessoa e Maria Cândida M. Pereira.
o   Quando a pátria é a terra dos outros: a desterritorialização nos contos “O elevador” e “Os marginais”, de João Melo – Rejane Seitenfuss Gehlen.
o   Imigração, reterritorialização e memória em Abla Farhoud e Salim Miguel – Luciana Rassier.
o   Remontando Zinos: imagens e sons, aromas e sabores – Lauro Iglesias Quadrado.

Sessão 4 – quarta-feira, 08/10, 16h30 às 18h, sala 217 (Prédio de aulas).
o   A representação do espaço prisional nas literaturas brasileira e russa – Denise Regina de Sales.
o   Territórios imaginários em Vodu Urbano de Edgardo Cozarinsky – Maria Augusta Vilalba Nunes.
o   O cosmos urbano: visões da multiplicidade – Mairim Linck Piva.
o   O Romance d’ A Pedra do Reino: espaço de criação e de reinvenção poética – Roseli Bodnar.
o   O trânsito no micro espaço e a constituição do privado: a casa e suas relações em duas ficções brasileiras contemporâneas – Natasha Centenaro.

Sessão 5 – quinta-feira, 09/10, 14hàs 15h30, sala 205 (Prédio de aulas).
o   O espaço e o corpo na constituição do sentido – Vera Lucia Lenz Vianna.
o   A importância do corpo em O Reino de Gonçalo M. Tavares – Sandra Beatriz Salenave de Brito.
o   O corpo como espaço de dor e sofrimento: representações patológicas em Germinie Lacerteux (1865), dos Irmãos Goncourt – Vanessa Costa e Silva Schmitt.
o   A ação literária na construção do corpo identitário teatral – Bia Isabel Noy.
o   Percepção do espaço: figurações da casa em Lobo Antunes Raquel Trentin.

Sessão 6 – quinta-feira, 09/10, 14h às 15h30, sala 217 (Prédio de aulas).
o   Metrópole e natureza: a resistência à desumanização dos grandes centros – José Humberto Torres Filho.
o   Sobre a temporalidade da escrita Bio em Água Viva e no Livro das HorasLuciana Abreu Jardim.
o   A memória cultural sob conflito: um texto a respeito do maior centro de tortura da ditadura argentina – Luís Roberto de Souza Júnior.
o   Rio-baldo x Rio-bardo: as veredas do narrador – Valéria de Castro Fabrício.
o   Malévola, a vilã e seu conto de fadas – Maria Dorothea Barone Franco.

Sessão 7 – quinta-feira, 09/10, 16h30 às 18h, sala 205 (Prédio de aulas).
o   Corpo, espaço e deslocamento em A Obscena Senhora D, de Hilda Hilst – Cinara Ferreira Pavani.
o   Elena, sobre a (auto)representação no cinema – Gabriela Semensato Ferreira.
o   A (des)constituição do feminino em O Remorso de Baltazar Serapião, de Valter Hugo Mãe – Ana Lúcia Montano Boessio.
o   Film (1963-64): quando o duplo cinematográfico beckettiano encontra o duplo narrativo benjaminiano – Mauro de Araújo Menine Jr.
o   Marcas subalternas: corpo e subjetividade em Carolina Maria de Jesus – Carla Lavorati.

Sessão 8 – quinta-feira, 09/10, 16h30 às 18h, sala 217 (Prédio de aulas).
o   Entre senzala e buraku: o naturalismo e o surgimento do discurso de direitos humanos no Brasil e no Japão na virada do século XX – Roberto Pinheiro Machado.
o   Viagem, música e memória em A Volta do Gato Preto, de Erico Verissimo - Gérson Werlang.
o   Torna-viagem oitocentista: “brasileiro” ou expatriado na própria terra? Estudo sobre o conflito identitário na representação literária do emigrante português oitocentista que veio para o Brasil – Gisélle Razera.
o   Diomedes Grammaticus e a publicação de teoria literária no Renascimento antes da redescoberta da Poética de Aristóteles – Odi Alexander Rocha da Silva.
o   As lágrimas de Heráclito: relações entre autoria e intertextualidade – Patrícia dos Santos Silveira

Sessão 9 – sexta-feira, 10/10, 11h30 às 13h, sala 205 (Prédio de aulas).
o   Andança pelas Canções Mexicanas, de Gonçalo M. Tavares - Kim Amaral Bueno.
o   Terras e águas ao sul – (topo)grafias do Outro em Terra Sonâmbula, de Mia Couto – Amilton Queiroz (doutorando) e Simone Lima.
o   O texto em movimento: as fronteiras desbordantes do Atlas do Corpo e da Imaginação, de Gonçalo M. Tavares – Maria Elisa Rodrigues Moreira.
o   Sistemas e subsistemas: a literatura em movimento pelo espaço – Aline Brustulin Cecchin.
o   No princípio era o verbo – Ana Lúcia Beck.

Sessão 10 – sexta-feira, 10/10, 11h30 às 13h, sala 217 (Prédio de aulas).
o   Passado e presente (e futuro), locais da memória em Traço de União, de João Maimona – Cláudia Mentz Martins.
o   De mãe para filha: as vozes da memória em O Que os Cegos Estão SonhandoAmanda Dal’Zotto Parizote.
o   O resgate do passado e a organização dos fatos em Infância de Graciliano Ramos – Michele Savaris.
o   Autoria e memória em Sei Shônagon – Andrei dos Santos Cunha.

Sessão 11 – sexta-feira, 10/10, 14h30 às 16h, sala 205 (Prédio de aulas).
o    O gaúcho em carne, tinta e bronze – Tiago Pedruzzi.
o    A Margem Imóvel do Rio: espaço e identidade – Izandra Alves e Marcelo Lima Calixto.
o    Pensando a literatura como lugar de memória: um estudo de caso do romance SatolepMarlise Buchweitz Klug e Tatiana Bolívar Lebedeff.
o    O espaço e a memória: a ressignificação da subjetividade – Giele Rocha Dorneles.

Sessão 12 – sexta-feira, 10/10, 14h30 às 16h, sala 217 (Prédio de aulas).
o   Literatura e espaço: um estudo sobre a representação da paisagem na poesia do Rio Grande do Sul – Antônio Carlos Mousquer.
o   A diluição das barreiras interartes: uma proposta educacional e o relato da experiência do Grupo CancioneirosNathalia Pinto e Vinicius Rodrigues.
o   Hilda Hilst: um salto do objeto literário à teatralidade das palavras – Camila Alexandrini.

o   Um ilustrador da vida moderna na periferia da literatura – Vinicius da Silva Rodrigues

Mesas-Redondas

Abaixo a programação atualizada das mesas-redondas.


Dia 8 de outubro - 14h30 às 16h15
Mesa 1 – "Espaços -- Sustentabilidade e Ética"
Prof. Dr. Roland Gerhard Mike Walter (UFPE)
Prof. Dr. Kanavillil Rajagopalan (UNICAMP)
Prof. Dr. Antônio Barros de Brito Junior (UFRGS)

Dia 9 de outubro - 14h30 às 16h15
Mesa 2 – Espaços – Identidades e Conflitos
Profa. Dra. Rosani Umbach (UFSM)
Prof. Dr. Rafael Eisinger Guimarães (UNISC)
Profa. Dra. Maria Luiza Berwanger (UFRGS)

Dia 10 de outubro - 09h30 às 11h15
Mesa 3 - Espaços – Diáspora e Memória
Prof. Dra. Ana Luiza Andrade (UFSC)
Prof. Dr. João Cláudio Arendt (UCS)
Profa. Dra. Lucia Sá Rebello (UFRGS)

Programação

Palestras

Abertura: Profa. Dra. Ângela Fernandes (Universidade de Lisboa)
Título: “Entre Literatura e Ciência: Espaços de Questionamento da Humanidade”

Encerramento: Profa. Dra. Andrea Pagni – Friedrich-Alexander Universität Erlangen/Nürnberg
Título: "América Latina: espacio de traducciones"

Mesas Redondas


Dia 8 de outubro
Mesa 1 – "Espaços -- Sustentabilidade e Ética"
Prof. Dr. Roland Gerhard Mike Walter (UFPE)
Prof. Dr. Kanavillil Rajagopalan (UNICAMP)
Prof. Dr. Antônio Barros de Brito Junior (UFRGS)

Dia 9 de outubro
Mesa 2 – Espaços – Identidades e Conflitos
Profa. Dra. Rosani Umbach (UFSM)
Prof. Dr. Rafael Eisinger Guimarães (UNISC)
Profa. Dra. Maria Luiza Berwanger (UFRGS)

Dia 10 de outubro
Mesa 3 - Espaços – Diáspora e Memória
Prof. Dr. Werner Heidermann (UFSC)
Prof. Dr. João Cláudio Arendt (UCS)
Profa. Dra. Lucia Sá Rebello (UFRGS)

Curso Aberto


“As voltas da narrativa: Mario Bellatin, Carlos Ríos e Cesar Aira”, por Antônio Carlos dos Santos (UNISUL).
Se as vanguardas trataram, por um lado, de desfazer os modos narrativos armados pelo romance realista do século XIX, o que se pode observar em alguns autores latinoamericanos, como é o caso de Bellatin, de Ríos e de Aira, é uma volta à narrativa. Esse retorno do relato, no entanto, não significa um esquecimento das operações das vanguardas do século XX e sim um retorno diferido. Cada um deles elabora procedimentos singulares que exigem um leitor não inocente diante de textos que embaralham as fronteiras entre autor e narrador, que terminam de maneira abrupta configurando o que alguns críticos chamaram de "abandono" ou o que Sandra Contreras chama, no caso de Aira, de "uma urgência de chegar ao fim", e que operam com restos do real catados na internet. Desta forma,  o objetivo desse curso seria analisar algumas narrativas breves desses autores ("Un episodio en la vida del pintor viajero" e "El criminal y el dibujante, de Aira; "Manigua" e "El artista sanitário", de Carlos Ríos, e "Flores" e "Lecciones para una liebre muerta", de Bellatin) para observar como se armam os relatos e o que eles propõem. 

Antonio Carlos Santos - Doutor em Literatura pela UFSC, professor de Estética do Programa de Pós Graduação em Ciências da Linguagem da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina) e tradutor. 


Mais informações serão disponibilizadas em breve.

 

Apresentação: VI Colóquio de Literatura Comparada na UFRGS

1. Tema:

Desde a publicação de A poética do espaço, de Gaston Bachelard, em 1958, dedicado à significação subjetiva dos espaços (confinados) e das memórias construídas sobre as noções de espaço e de acolhimento, ampliamos nossa visão de nós mesmos no mundo que habitamos e nosso entendimento sobre a repercussão que nossa existência tem sobre o meio ambiente e toda a cadeia produtiva. O homem do século XXI tem olhos e ouvidos atentos tanto para o local quanto para o global.
Michel Foucault, num texto escrito em 1967, mas somente autorizado à publicação em 1984, a respeito das heterotopias, em reflexão desenvolvida no artigo Outros espaços, destaca uma visada da teoria, a respeito do tempo contemporâneo em direção ao espacial, afirmando:

A época atual seria talvez de preferência a época do espaço. Estamos na época do simultâneo, estamos na época da justaposição, do próximo e do longínquo, do lado a lado, do disperso. Estamos em um momento em que o mundo se experimenta, acredito, menos como uma grande via que se desenvolveria através dos tempos do que como uma rede que religa pontos e que entrecruza na sua trama (FOUCAULT,2001, p.411).

Se a modernidade, desde os textos de Paul Valéry, especialmente os que tratam da ubiqüidade e das possibilidades fragmentárias do visual cubista, já apontava para uma especificidade espacial do presente e da arte, a pós-modernidade, a partir das teorias fenomenológicas de Bachelard e do pensamento pós-estruturalista de Foucault, leva adiante essas reflexões, ao montar uma série espaço-temporal que se organizou em torno da “hierarquia e localização”, na Idade Média e em função do “posicionamento”, na modernidade. O tempo presente, para o teórico francês, seria “heterotópico”, pois se refere, simultaneamente, ao dentro e ao fora das categorias, ao passado e ao futuro da teoria, ao saber acumulado e ao saber mais imediato, em ordem caleidoscópica. Diz ainda Foucault, no mesmo texto, tomando como modelo o espelho que reflete, refrata e distorce o que se aproxima de sua superfície polida:

O espelho funciona como uma heterotopia no sentido em que ele torna esse lugar que ocupo, no momento em que me olho no espelho, ao mesmo tempo absolutamente real, em relação com todo o espaço que o envolve, e absolutamente irreal, já que ela é obrigada, para ser percebida, a passar por aquele ponto virtual que está lá longe (FOUCAULT, 2001, p.415).

Jacques Derrida, em Posições (2001), assinala que, desde Mallarmé, os espaços em branco adquirem importância em todo o texto, ou, mais do que isto, os constituem. Em se tratando de mapas, entendidos como lugares plásticos-teóricos de delimitação territorial, estes espaços em branco estão nas conexões entre os pontos marcados neles, nos trajetos entre as estações ali nomeadas, nos traçados dos percursos em linhas cheias ou tracejadas, mais do que nos marcos de chegada, que assinalam o fim – no sentido de finalidade e de encerramento - das viagens. As estações terminais assinalam parcialidades, sem a possibilidade de uma visão panorâmica ou completa do espaço percorrido. Pensar a modernidade, a pós-modernidade e além seria, de certo modo, renunciar à totalidade dos antigos, levando os efeitos do deslocamento ao pé da letra, ou do pé à letra.
Segundo Lucia Leão, em seu livro Estética do Labirinto, o mapa pertence à esfera do conhecimento adquirido, sendo, desta forma, incorporado à experiência:

O mapa, enquanto hiperespaço cognitivo, muito se difere dos esquemas visuais fixos, pois pertence ao universo das transformações e das interconexões. O mapa só pode ser apreendido no caminhar e nos movimentos oscilatórios entre ordem local e ordem global, entrar e sair, perceber e racionalizar (LEÃO, 2002, p.72,73).

De certo modo, juntando a perspectiva do deslocamento, apontada na elaboração de mapas, por Lucia Leão, ao performático gesto de uma interpretação ativa reivindicado por Derrida, aliados ao pensamento foucaultiano das heterotopias e ao levantamento de espacialidades poéticas em Bachelard e em Mallarmé, teríamos um conjunto de possibilidades políticas de pensamento teórico, ao mesmo tempo formador e contra-formador, pedagógico em suas bases, mas anti-pedagógico por condição e preso mais às imagens do que às mensagens. Assim, as possibilidades comparatistas de abordar o espaço, em conjunção com outros temas correlatos, como deslocamentos, imagens, passagens, viagens, ou em relação a outras áreas de reflexão, como memória, identidade, corporeidade, ética, valores, torna a proposta Espaço Espaços muito propícia à cena contemporânea, podendo agregar um grupo heterogêneo de propostas de trabalho e potente o suficiente para dar sustentação ao VI Colóquio Internacional Sul de Literatura Comparada.

2. Modalidade de participação

As inscrições na modalidade de "Apresentação de Comunicação", aberta a docentes e doutorandos são limitadas (72). O período para o envio de propostas é de 16 de junho a 18 de julho. O participante deverá enviar um resumo de 250-300 palavras, fonte 12, Time New Roman, espaço 1,5, com as seguintes informações: título do trabalho, especificação do eixo temático ao qual o trabalho se vincula, nome completo, instituição de origem, tipo de vínculo, endereço postal e eletrônico e fax. O resumo deverá ser enviado como anexo para o endereço vicoloquiosuldelitcomparada@gmail.com.
As cartas de aceite serão enviadas durante o mês de agosto. O pagamento da inscrição deverá ser feito por depósito bancário (até o dia 15 de setembro de 2014) após recebimento do aceite.
As instruções a respeito da publicação posterior das comunicações na forma de artigo serão fornecidas durante o evento pelos coordenadores das Mesas de Comunicações.

Valores com direito a certificado:
  • Docentes com trabalho: R$ 100,00
  • Doutorandos e Pós-Doutorandos com trabalhos: R$ 80,00
  • Ouvinte: aluno de graduação R$25,00; docentes e pós-graduandos: R$ 50,00


3. Eixos temáticos ou subtemas:

1) Espaço – Diáspora – Memória
A interseção entre espaço, diáspora e memória remete à noção de desterritorialização e à necessidade de enraizamento presentes no processo de deslocamento de povos de seus lugares de origem. Em novos espaços, os grupos humanos têm o desejo de criar raízes e recorrem à construção de memórias para reforçar a origem comum e o sentimento de identidade. Ao lado de outras produções culturais, a literatura pode se configurar como locus de memórias individuais e coletivas. A autobiografia, a autoficção e as escritas de testemunho, que têm na memória a sua base constitutiva, são alguns exemplos de textos que problematizam questões de identidade e diferença, colocando em evidência as tensões inerentes ao processo de reterritorialização. Para Stuart Hall, "as configurações sincretizadas da identidade cultural requerem a noção derridiana de différance, uma diferença que não funciona através dos binarismos, fronteiras veladas que separam finalmente, mas são também places de passage e significados que são posicionais e relacionais, sempre em deslize ao longo de um espectro sem começo nem fim." 

2) Espaço – Corpo – Identidade
Desde meados do século passado, as Ciências Humanas e, em particular, os Estudos Literários têm problematizado uma série de certezas acerca dos processos de construção identitária, sejam elas coletivas ou individuais. Nesse sentido, lançar um olhar crítico para a Literatura em busca de repostas para a pergunta “Quem somos nós”, parece ser, nos dias de hoje, um fazer mais pertinente do nunca. À luz dos avanços epistemológicos postos em cena pelos estudos pós-estruturalistas, pós-coloniais, de gênero, dentre outros, as complexas relações entre espaço, corporeidade e identidade enriquecem os olhares críticos e revelam dimensões ainda mais profundas nos textos poéticos e narrativos. A revisão do binômio “mente e corpo”, que enaltece o primeiro termo em detrimento do segundo; a valorização da voz e do pensamento locais, como resposta dos sujeitos periféricos à força homogenizadora de um discurso masculino e eurocêntrico que se quer “universal”; o reconhecimento do corpo não como elemento dado, mas como algo em construção e, nesse sentido, como espaço para a escritura do “eu”; o questionamento da matriz antropocêntrica, posta em xeque por uma concepção contemporânea que borra as fronteiras hierárquicas entre o humano e o animal; essas são apenas algumas das diversas perspectivas que estabelecem um novo horizonte para os Estudos Literários neste início de século, um espaço crítico e interpretativo de crucial importância, no qual a Literatura Comparada ocupa um lugar privilegiado.

3) Espaço – Sustentabilidade – Ética
Nossa percepção de espaço e nossa preocupação com a sustentabilidade e com os temas dela derivados – como ética social, crescimento planejado e esgotamento de recursos – estão cada vez mais presentes na literatura “verde”, que tem, inclusive, revigorado alguns gêneros literários como os relatos de viagens, os diários de bordo e, principalmente, a ficção científico-apocalíptica, alimentado a dualidade do espaço sustentável, que é extremamente frágil e, ao mesmo tempo, incrivelmente poderoso e incontrolável. A literatura, que se alimenta das crises que o homem vem experimentando desde o princípio de sua jornada, que é uma força expressiva da pungente crise ambiental que nos atormenta e que tem mudado nossos hábitos e expectativas, tem experimentado um crescente interesse pelo discurso ambientalista, pelas poéticas da destruição e da restauração e pelo ecocriticism (Buell, 1995).

4 – Espaços - Diálogos – Confrontos
O conflito é um elemento importante da literatura -- especialmente, da narrativa. A tensão é, por assim dizer, um traço indispensável da experiência artística como um todo. Por outro lado, "conflito" é uma palavra cuja polissemia se manifesta em diferentes áreas do conhecimento - na teoria das relações internacionais, no estudo da história, na biologia, nas ciências econômicas ou na psicologia, para nos limitarmos a um número pequeno de exemplos. Essas diferentes acepções da palavra estão também presentes na literatura, por meio de críticas e de representações da discórdia. A teoria da literatura também busca formas de descrever e ressignificar o conflito no (e do) literário, seja denunciando as formas discursivas de circulação de poder, seja propondo análises que transcendam as construções identitárias baseadas na violência. O binarismo encerrado na ideia de conflito pode ser transfigurado pela ação da literatura?

5 – Espaço  - Movimento – Passagem
O espaço é e está em constante movimento. Toda forma de espaço, não somente os espaços descritos, mas os espaços da escrita e os espaços da leitura estão em constante movimento e em constante mudança. Conforme o romanista e comparatista alemão Ottmar Ette, o movimento e a migração pertencem ao cotidiano do ser humano como o nascimento, a reprodução, a doença e a morte. A partir do Always spatialize de Frederic Jameson, o espaço recebeu uma nova atenção, depois de perder “espaço” em relação ao tempo. O espacial e o topográfico, a relação a espaços e locais, a regiões e paisagens, alcançaram grande recepção em diferentes disciplinas – não somente nas Ciências Culturais, Sociais e Geográficas, mas também na Ciência da Literatura e na História. O espaço é uma categoria construída e determinada social e culturalmente, e mutável historicamente. Presente no movimento espacial constante está a passagem e o deslocamento de um ponto a outro, de um estado a outro. E onde se encontra a literatura, a leitura, o leitor nesse espaço? Há um espaço único ou há espaços? A literatura está em movimento? Estamos em movimento?

6 – Espaços teóricos – Capital – Valores
Hoje, o espaço da teoria é tensionado pela produção e circulação de uma multiplicidade de práticas teóricas que constituem esferas de influência, domínio e resistência. A capitalização de determinadas práticas em detrimento de outras em termos de seu valor de uso em espaços geopolíticos diferenciados reflete e refrata questões relacionadas com o local da cultura e os fluxos transnacionais, com diferenças culturais e estratégias de assimilação e ruptura, com configurações de poder e privilégio. Como podemos pensar os espaços teóricos no campo da literatura comparada? Como se articulam as hegemonias e o jogo das diferenças no quadro das tensões ideológicas e axiológicas que permeiam o espaço teórico, espaço esse que sofre também as injunções de contextos sociais e discursivos?  O espaço da teoria sinaliza uma relação desigual entre lugares de produção e de recepção? Ao colocar em foco a complexidade da relação entre o local e o global o espaço teórico seria revelador de problemáticas envolvendo o comparatismo?